quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Igual ao mensalão não

 Vê bem: eu não penso o que penso porque concordo com tudo o que Reinaldo Azevedo diz. No tempo em que Reinaldo Azevedo já apontava as permissividades e ilegalidades do juiz Sérgio Moro e dos procuradores da turma de Dallagnol e Carlos Fernando, eu discordava dele, eu era 'somos todo Moro' e escrevi com todas as letras que os procuradores da República de Curitiba eram iluminados por Deus e bonitos por natureza. 

     Adorei o Power Point e cheguei a escrever a RA afirmando que eu duvidava de que Sérgio Moro não tinha gostado daquela presepada, como informava o colunista. 

     Com o andar da carruagem e diferenciando entre a noção e percepção do que é Justiça e processo legal para nós - leigos e povo em geral - e quem o opera e aplica - fui, por dever de honestidade, mudando a minha visão da Lava Jato. 

     Sou filha de advogado, tenho um faro para a coisa. E sou jornalista, somos perdigueiros. Acompanhei todo o mensalão, quase sessenta sessões e assisti a (quase) todos os depoimentos da Lava Jato, especialmente os do triplex do Guarujá. Mensalão foi outra coisa. Teoria do Domínio do Fato é discutível? É. Mas aquela corja não foi condenado pela teoria. Foi por provas. E os acusados foram condenados de acordo com a denúncia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário