sexta-feira, 11 de março de 2016

Lula já cheirava mal

        Em 1978, Lula, o líder operário do ABC, ia com frequência ao Congresso falar com o senador Petrônio Portella, coordenador do tal 'diálogo' proposto pelo regime militar para a transição democrática, lenta, gradual e segura. 

       Eu era repórter da editoria política e sempre o encontrava por lá. Ele era a sensação por onde passava, era amigo dos jornalistas, todos em geral de esquerda e contra a ditadura. Eu não era diferente. 

       Era comum Lula (e outros sindicalistas, Jacó Bittar era um deles hehe) se reunir com repórteres da área política em almoços e jantares informais, depois das visitas ao Congresso. Eu cheguei a ir uma vez. Eu não tinha intimidade com Lula, tinha certa proximidade profissional. 

       Naquela época, um fato curioso chamou a minha atenção. Lula, algumas vezes, perguntou a mim por que eu não gostava dele. Ele achava que eu não gostava dele Certa vez, ele quis saber o que eu ficava pensava quando o olhava de longe com "estes olhões verdes, sem dizer nada". Eu lhe respondi que eu apenas observava, para narrar. 

        Mas, na verdade, era faro de repórter, eu já antevia que Lula era o impostor que hoje sabemos que ele é. Eu não sabia que eu sabia, mas eu nunca confiei em Lula, algo me dizia que ele não era boa bisca. Taí.

Nenhum comentário:

Postar um comentário