segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
Fazer o quê?
Brasília, para mim, é como São Paulo. Quero e não quero. Saí de Brasília há mais de 30 anos, vivi lá até final de 80. Hoje, eu não a conheço mais, voltei lá poucas vezes. Na minhas lembranças de lá, quando a promiscuidade abunda, o chão fica seco e a poeira sobe , eu me lembro do sonho de Dom Bosco, do céu, dos arcos e dos pilotis, dos gramados verdes intermináveis.
Em São Paulo, quando o trânsito pára e o céu some, eu me lembro do Vale do Anhangabaú, a Avenida Paulista , o MASP, Avenida Europa e Jardins em dia de feriado. Também morei em cidade-satélite, nunca achei que fosse diferente, a não ser por ser mais feia.
Mas é claro que uma cidade em que cada um não pode fazer sua casa como quer está fadada a virar o que Brasília virou. Também não tenho a solução. Ela está lá e ainda é bela. O desvio comunista de Oscar Niemeyer não consegui acabar com aquele céu. E suas obras parecem perfeitas para fazer contraste com aquele espetáculo celeste.
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