quinta-feira, 5 de julho de 2012

De santista para corintiano

      Eu sou santista, mas fiquei emocionada quando o jogo acabou. Deve ter sido devastador para um coração corintiano. Claro que eu queria o tetra, ora se eu queria, Mas seria um pecado ser logo o Santos a sonegar esta alegria indescritível ao Coringão. Este ano tinha mesmo de ser do Corinthians, por tudo.


    E o gosto indescritível de ver sair do campo, derrotado, um time argentino! Melhor que ver o Corinthians derrotar los hermanos só mesmo ver o Santos derrotar o Corinthians.


     É comovente a fidelidade da torcida corintiana. Pelé lembrou na véspera uma homenagem que ele recebeu dos corintianos num clássico contra o Santos, que perdeu por 1 X 0, gol de Rivelino. Numa faixa, estava escrito "Maior que Pelé, só a Fiel". 


    Eu nunca torceria por outro time que não o Santos, sou Rei Pelé Futebol Clube desde que me entendo por gente. Mas eu adoro futebol, do jogo bonito, eu gosto desta paixão, do grito de gol. 
  


   Júlia, minha filha, estava torcendo pelo Boca, claro (parmêra, sabe como é) e mandou-me mensagem no início do jogo, pressionando: "Tu não estás torcendo pelo curíntia, não é?" Menti: "Não". Eu estava na casa dela em Londrina no primeiro jogo e torci escancarado pelo Corinthians, ou contra os argentinos (digamos assim).Depois, recuei, desdenhei. Eu escrevi:  'Quer saber? Nem boca nem meia-boca.'
 




   Na hora H,  eu me rendi, gritei gol. Dois gols de craque. Gols de Emerson. Um sheik. Ironia, eu vibrar com um gol do mesmo jogador que foi o algoz do Santos, na eliminação de meu time na Libertadores. 


   Na final, o Corinthians foi raçudo, jogou com sangue. Quando Sheik fez o primeiro gol, eu confessei, em mensagem pelo celular a Júlia: "Eu gritei gol! E agora?". O resto foi o que todos já sabem. 


   Corintiano, comemora. É a suprema maravilha. Eu sei como é. Sou TRI. Parabéns, Corinthians, este ano tu mereceste vencer. No ano que vem, o Santos levanta a taça do tetra.

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