sexta-feira, 8 de junho de 2012

O nome disto é pouca-vergonha.

       Qualquer mulher que tenha hoje por volta de 60 anos (é o meu caso, faço 59 em setembro) sabe que aquela 'liberdade da mulher' por que lutamos a partir da década de 60 (quando, então, éramos adolescentes), descambou mesmo, em muitos casos, em promiscuidade, num dar para todo mundo e qualquer um e no mais puro sexo livre, sem critério, sem exigência e sem-vergonha.
       
      O discurso feminista- libertário daquela época de paz e amor de que defendia que virgindade não era trunfo a ser leiloado no vantajoso mercado casamenteiro.  Nós, mulheres, queríamos o direito de 'fazer amor' de forma natural e desinteressada, baseadas unicamente em valores espirituais superiores, rejeitando a hipocrisia dos (falsos) casais para toda a vida que só a morte poderia separar. 
     
      Segundo almanaque do Women's Liberation Front, ser virgem e fiel ao marido era só uma forma de castrar a sexualidade da mulher e garantir a herança da propriedade privada aos seus legítimos herdeiros. Ou seja: coisa do capitalismo patriarcal, machista e opressor,
       
       Como o  o mantra libertador do 'amor livre' veio acompanhado de mini-saia, soutien no lixo, pílula anti-concepcional, álcool, drogas variadas, Woodstock, rock'n roll, ideologia socialista e independência econômica, o resultado só podia ser a Marcha das Vadias.
       

       Faz sentido.  

3 comentários:

  1. Curto e grosso: é putaria mesmo, Mirian!

    Conto uma passagem da minha vida:

    Fiz faculdade numa cidade do interior de SP, 1968 a 1972 mais um ano de pós-graduação. Morava numa república. Na época, as repúblicas eram ou masculinas ou femininas. As meninas que entravam em república masculina eram, sem dúvida, para "dormir" com os rapazes. Com alguma frequência recebíamos a visita de algumas biscates, sempre em grupos de 2 a 4. Ficavam por alguns dias e iam para outra república, até mesmo, em outra cidade.

    Certo dia apareceu um grupo de hippies, 3 rapazes e 4 meninas. Ficaram por 3 dias. Neste período, todas fizeram questão de trepar com todos da casa (éramos 7) em nome do tal de "amor livre". Dois de nós não concordaram com a promiscuidade e se negaram, mas, TODOS, sem exceção, ficaram assustados com tal libertinagem que até as biscates costumeiras não admitiam pois eram fiéis em cada república que frequentavam.

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  2. Caro PTC Flooder. É engraçado como você, em seu texto pseudo-moralista, não se inclui no hall das biscates. Elas são biscates pq faziam visitas rotineiras à você e seus amigos. Mas e você e os seus amigos, pq diabos não honraram o pênis e os dos testículos imaculados que possuem no meio das pernas e não se mantiveram castos? Será que a virtude 'sexual' é uma obrigação apenas para quem é do sexo feminino?
    Do jeito que você descreve sua 'aventura sexual', nos dá a impressão de que você foi violentado sexualmente pelas biscates, que muito provavelmente teriam elas apontado uma arma para sua cabeça e te obrigado a transar com elas.
    Acho que as pessoas precisam tomar cuidado com o que falam. Não se ache um homem mais decente do que as biscates da sua república meu caro PTC Flooder, a castidade, a decência e integridade são intrínsecas ao ser humano, e não a um par de seios ou a um par de testículos.

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  3. Parabéns, Sra.Mírian Macedo.
    .
    Não consegui enxergar nos movimentos feministas da época
    uma tentativa de liberdade para um voo melhor
    e até superior,mas sim para uma posição de "igualdade",
    do "queremos fazer o mesmo"... com os mesmos subterfúgios.
    Enfim, conseguiram. E por que não haveriam de conseguir?
    No meio de tantos entretantos, era inegável, àquela época,
    a existência da reflexão continuada, fruto das mulheres.
    Hoje estamos juntos(?) e iguais na busca de quem pode fazer o pior.
    .

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